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  • Biomédica suspeita de homicídio de paciente vai para prisão domiciliar em Divinópolis

TJMG concedeu, na tarde desta terça-feira (23), habeas corpus parcial para Lorena Marcondes. Ariele Cristina de Almeida Cardoso, auxiliar da biomédica, também cumprirá prisão domiciliar.

A biomédica Lorena Marcondes, que está presa desde 8 de maio em Divinópolis, vai para prisão domiciliar. A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu, na tarde desta terça-feira (23), habeas corpus parcial para a biomédica.

O pedido tinha sido feito pelo advogado de defesa Tiago Lenoir Moreira. O alvará de soltura já foi expedido e Lorena deverá deixar o presídio nas próximas horas.

“No habeas corpus eu pedi a revogação da prisão preventiva, pois a Lorena nunca praticou crime de homicídio doloso e seria prematuro um julgamento condenatório, em que pese a gravidade dos fatos ante uma vítima fatal. Também pedi que ela fosse colocada em prisão domiciliar. […] Na tarde de hoje, o Tribunal de Justiça cumpriu seu papel constitucional e revogou a prisão da Lorena. Agora a defesa vai se debruçar exclusivamente nas provas do inquérito e do processo penal que está em trâmite”, declarou o advogado Tiago Lenoir.

O g1 e a TV Integração também confirmaram com a assessoria do TJMG que Ariele Cristina de Almeida Cardoso, auxiliar da biomédica, também irá cumprir a prisão domiciliar.

Lorena Marcondes é a responsável pela clínica onde Íris Martins, de 46 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória durante um procedimento. Íris chegou a ser socorrida em estado grave e encaminhada ao hospital, mas não resistiu e morreu.

Segundo a Polícia Civil, a biomédica Lorena Marcondes é suspeita de homicídio doloso e exercitava ilegalmente a medicina ao submeter Íris Martins a uma cirurgia considerada de médio, grande porte.

“Ela não tinha local apropriado, ela não é habilitada para esse tipo de procedimento então ela incorreu no risco, e ela deve responder pelo resultado mais grave, que infelizmente foi a morte da vítima. Então ela responde por homicídio doloso, com dolo eventual, que é aquele que não tinha intenção, mas ela assumiu o risco”, disse Marcelo Nunes, delegado que está à frente do caso, em coletiva de imprensa no dia 9 de maio.

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