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  • Estudantes de medicina são presos por suspeita de fraude

Um esquema de fraudes em concursos públicos e vestibulares foi desmontado anteontem pela Polícia Federal do Amazonas, com a prisão preventiva de quatro estudantes universitários de medicina e uma vestibulanda grávida de sete meses, suspeitos de arquitetarem e executarem o esquema. Todos estão presos em celas da superintendência da PF, em Manaus.
De acordo com os policiais que investigam o crime, os alunos se inscreviam nos concursos, faziam as provas e depois transmitiam as respostas por meio de mensagens de telefones celulares para quem pagasse de R$ 5.000 a R$ 30 mil pelo serviço.
De acordo com a investigação, entre 2001 a 2006, os suspeitos teriam fraudado tanto vestibulares quanto concursos públicos. O delegado da Polícia Federal Jocenildo Cavalcante, afirmou que a polícia ainda pretende chegar aos nomes das pessoas beneficiadas pelo esquema.
Anteontem, a polícia montou a Operação Oráculo, que contou com 25 policiais para cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão. A vestibulanda Élida Rocha de Oliveira, grávida de sete meses, foi presa ao concluir a segunda prova do vestibular de Medicina na Ufam. Em depoimento, ela confessou que pagou R$ 5.000 para obter as respostas da prova ao estudante de medicina Carlos José Saraiva de Souza, residente da Ufam (Universidade Federal do Amazonas). Sua advogada, Goreth Terças, protocolou pedido ontem de revogação da prisão da vestibulanda.
Souza foi preso na cidade de Parintins (325 km de Manaus). Também foram encarcerados Jamil dos Santos Castro, Jefferson Martins Holanda e Cícero Inácio Oliveira.
O advogado de Carlos Souza e Jamil Castro, Klinger Santiago, afirmou que seus clientes negam qualquer participação no esquema fraudulento. A advogada Denize Alfiero, que responde por Oliveira e Holanda, alegou que os estudantes também negam envolvimento nos crimes investigados.

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