Conforme MPPB, ex-secretária de administração Livânia Farias teria recebido, por mês, propina na ordem de R$ 80 mil paga pela Cruz Vermelha.
Livânia Farias permaneceu a maior parte do tempo calada durante audiência de custódia em João Pessoa
A Operação Calvário foi desencadeada em dezembro de 2018 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais. A operação teve oito fases, resultado na prisão de servidores e ex-servidores de alto escalão na estruturado governo da Paraíba.
A ex-secretária de administração do Estado da Paraíba foi presa suspeita de receber propina paga pela Cruz Vermelha, que administrava o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Entenda como começou e em que fase está a operação. A ex-secretária Livânia Farias teria recebido, por mês, propina na ordem de R$ 80 mil paga pela Cruz Vermelha.
O secretário executivo de Turismo, Ivan Burity, foi preso na quinta fase da operação, apontado como recebedor de propinas, em delação premiada feita pelo ex-assessor da secretaria de administração do estado, Leandro Nunes Azevêdo. A influência dele ocorreria tanto em contratos da saúde, quanto da educação, com destaque para esta última.
Aléssio Trindade, secretário de Educação do estado, foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Além dele, o ex-executivo da pasta, José Arthur Viana Teixeira de Araújo também foi alvo da operação. De acordo com o Ministério Público, a investigação sobre eles ocorre por causa das suspeitas sobre inexigibilidade de licitações nos contratos suspeitos. O procedimento teria sido a porta de entrada para as irregularidades
O que a operação investiga
A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.
A estimativa, no entanto, é inferior ao valor real do dano causado ao patrimônio público, já que só foram computadas as despesas da CVB-RS com uma pequena parcela de fornecedores que prestam serviços em unidades de saúde do município e do Rio de Janeiro, não alcançando os desvios de recursos públicos decorrentes da atuação da organização criminosa na Paraíba, que vem conseguindo centenas de milhões de reais desde o ano de 2011.
Prisão aconteceu na orla de João Pessoa, durante Operação Calvário, do MPPB, na 1ª fase
Deflagrada a primeira fase
A operação conjunta entre o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu no dia 14 de dezembro um mandado de prisão na orla de João Pessoa, na primeira fase da Operação Calvário.
Daniel Gomes foi preso suspeito de chefiar a organização criminosa, Michelle Louzada Cardoso, e outras nove pessoas detidas preventivamente, entre eles Roberto Calmom, que estava em um hotel da orla de João Pessoa. Ele é fornecedor da Cruz Vermelha.
Foi cumprido um mandado de prisão contra Leandro Nunes – que era assessor da Secretaria de Administração e foi exonerado recentemente – na cidade de Itabaiana, na Paraíba.
A caixa foi entregue por Michele Louzzada Cardoso, que atuava juntamente com Daniel Gomes, líder da organização criminosa, conforme o Ministério Público. Desde 2016 até agora, o grupo teria desviado R$ 15 milhões pelo país.
A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) levantou a suspeita de que o dinheiro entregue a Leandro Nunes era para a campanha eleitoral de 2018.
No histórico de mensagens de Michele Cardoso, a assessora ligada a Daniel, o Ministério Público identificou o que chamou de “missões clandestinas vinculadas ao financiamento de campanha políticas”.
Em uma troca de mensagem com uma amiga, Michele comenta sobre a angústia de cumprir uma missão em João Pessoa. Segundo o MP, a missão era entregar dinheiro para campanha eleitoral. A viagem aconteceu entre os dias 23 e 24 de setembro de 2014, poucos dias antes da eleição.
Michele chegou em João Pessoa em voo particular, mas voltou em voo comercial. Após o resultado do 1º turno, em mais uma troca de mensagens, Michele e integrantes da organização relataram a insatisfação da disputa ter ido para o segundo turno.
Em 2014, Cássio Cunha Lima (PSDB) ganhou o primeiro turno com 47,44% dos votos, contra 46,05% para Ricardo Coutinho (PSB).
A denúncia revela ainda que dias antes do 2º turno, Michele fez uma entrega de valores no Centro do Rio de Janeiro, o que teria substituído a vinda dela à Paraíba para fazer um pagamento referente à eleição.
Na troca de mensagens, Michele demonstrava descontentamento por ter que vir à Paraíba e resolver negócios do grupo.
Conversas que o MP tiveram acesso mostram debate sobre segundo turno das eleições na Paraíba
Já em junho do ano passado, no histórico de ligações do celular de Michele, o Ministério Público identificou seis contatos feitos com o celular registrado no nome de Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho.
Em 2010, o tio do empresário Daniel Gomes, Jaime Gomes da Silva, contribuiu para o comitê estadual do PSB. Na época, Ricardo Coutinho era candidato ao Governo da Paraíba pelo partido. A doação legal ocorreu oito meses antes da Cruz Vermelha ser contratada pelo Governo do Estado para assumir a gestão do Hospital de Trauma da capital, que aconteceu em julho de 2011.
A contribuição do tio de Daniel foi de R$ 300 mil. Ele é português e nunca possuiu domicílio eleitoral na Paraíba. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, houve a primeira renovação do contrato de administração do Hospital de Trauma com a Cruz Vermelha. Ele durou até 2017, quando a organização ganhou uma nova licitação.
Em nota, o Governo do Estado reafirmou a posição em continuar trabalhando para assegurar a manutenção da qualidade da prestação de serviços em todas as unidades hospitalares em funcionamento sob contratos com organizações sociais, protegendo a gestão e a aplicação correta dos recursos públicos. Também disse estar pronto para cobrar que os contratos sejam seguidos na sua mais eficiente integridade, sem riscos para o erário público e, especialmente, para o bem estar da população.
Casa em Sousa, no Sertão da Paraíba, que teria sido comprada por Livânia Farias por R$ 400 mil
A informação foi dada pelo ex-assessor de Livânia, Leandro Nunes Azevedo, durante depoimento ao Ministério Público.
De acordo com o depoimento, a casa de Livânia teria sido paga em duas prestações em dinheiro. Ele afirmou que estava presente no pagamento da primeira parte e que a segunda parcela foi entregue por ele.
Segundo Leandro, “o imóvel foi pago com dinheiro que eles manipulavam da propina oriunda da Cruz Vermelha”. Nas duas vezes, eles foram fazer o pagamento, segundo Leandro, no carro de Livânia, uma BMW.
Em depoimento ao Ministério Público, Leandro Nunes admitiu que recebeu R$ 870 mil de Michele Louzada, braço direito de Daniel Gomes, dirigente da Cruz Vermelha e suspeito de ser chefe da organização criminosa que desviava dinheiro das organizações.
Leandro detalha que Livânia havia dito que o repasse era de R$ 700 mil, mas que ficou surpreso quando contou o dinheiro no quarto do hotel e um pouco mais.
O ex-assessor revelou que quase todo o dinheiro foi usado para pagar fornecedores que ainda iriam prestar serviços a uma campanha eleitoral. Na decisão, não consta o nome do candidato supostamente beneficiado.
Segundo Leandro, os pagamento foram feitos em dinheiro, levado em mochilas, e por meio de vários depósitos em contas bancárias. Após os pagamentos, ele retornou à Paraíba com R$ 10 mil a R$ 15 mil.
Quantias envolvidas
Nos últimos oito anos, a Cruz Vermelha e o IPCEP receberam dos cofres públicos pouco mais de R$ 1,7 bilhão em todo o país. A Cruz Vermelha é responsável pelo Hospital de Trauma de João Pessoa desde 2011, e recebeu até setembro de 2018 mais de R$ 930 milhões.
O IPCEP administra o Hospital Geral de Mamanguape e, de julho de 2014 até setembro de 2018, recebeu do estado mais de R$ 110 milhões.
Em novembro de 2017, a organização social começou a atuar no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, e, até dezembro de 2018, recebeu pouco mais de R$ 62 milhões, segundo o Ministério Público.
Um dos mandados de busca e apreensão é cumprido pelo Gaeco no bairro do Costa e Silva, em João Pessoa
Livânia Farias, ex-secretária de administração do Estado, é alvo da 3ª fase
O Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandado de busca e apreensão contra a secretária de administração da Paraíba, Livânia Farias, na terceira fase da Operação Calvário, no dia 14 de março.
Outras nove pessoas também são alvo de mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Sousa e no Rio de Janeiro.
Alvos dos mandados têm ligação com Livânia Farias
Alvos dos mandados de busca e apreensão
Livânia Maria da Silva Farias – secretária de administração do Estado
Elvis Rodrigues Farias – esposo de Livânia Farias
Haroldo Rivelino da Silva – irmão de Livânia Farias
Haller Renut da Silva – irmão de Livânia Farias
Gabriella Isabel da Silva Leite – sobrinha de Livânia Farias
Lucas Winnicius da Silva Leite – sobrinho de Livânia Farias
Carlos Pereira Júnior (Kolorau Júnior) – sobrinho de Livânia Farias e vice-presidente da Câmara Municipal de Sousa
Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro – servidora pública e esposa de Josildo
Josildo de Almeida Carneiro – agente condutor de veículos
Saulo Pereira Fernandes
Keydson Samuel de Sousa Santiago – dirigente do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa
Livânia Farias é presa é João Pessoa, neste sábado
Secretária de Administração, Livânia Farias, é presa
No dia 16 de março, a secretária de administração do Estado, Livânia Farias, foi presa, em João Pessoa, quando retornava de Belo Horizonte.
O mandado também incluiu o sequestro de dois bens da secretária, que seria um carro de luxo e uma casa no valor de R$400 mil, localizada na cidade de Sousa.
Livânia Farias teria recebido, por mês, propina na ordem de R$ 80 mil paga pela Cruz Vermelha, de acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Livânia foi levada para a Acadepol, na PB-008, em João Pessoa e depois encaminhada para a 6ª Companhia da Polícia Militar, em Cabedelo, na Grande João Pessoa, onde permanece presa.
A ex-secretária de Administração do Estado da Paraíba, Livânia Farias, optou por ficar calada, durante audiência com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), no dia 27 de março.
Se tornaram réus também Elvis Rodrigues Farias, Leandro Nunes Azevedo, Daniel Gomes da Silva, Michelle Louzada Cardoso e Maria Aparecida de Oliveira.
Seguem presos Daniel e Michelle, além de Livânia Farias.
O que diz a defesa de Livânia Farias
O advogado de defesa de Livânia Farias, Sheyner Asfora, comentou que a citação da ex-secretária como ré era um rito do processo que já era esperado.
Ele explicou que a partir da citação feita pela juíza é possível dar prosseguimento ao processo, convocando testemunhas e anexando documentos que ajudem na defesa.
“É um desdobramento natural. A denúncia preenchia os requisitos. Agora vamos apresentar defesa. Fiz um pedido de revogação da prisão preventiva, a justiça também decidiu que logo cumpra diligência, seja revista a prisão, até porque é pedido para que o Ministério Público emita um parecer a respeito”, comentou o advogado.
Ex-procurador-geral da Paraíba e ex-servidora da PGE viram réus
No dia 30 de julho de 2019, o ex-procurador-geral da Paraíba Gilberto Carneiro e a ex-servidora pública da Procuradoria Geral do Estado (PGE) Maria Laura Caldas, que estava presa, viraram réus.
A Justiça também substituiu a prisão preventiva de Maria Laura Caldas por medidas cautelares, após ela apresentar novas evidências por meio dos termos de colaboração premiada.
A investigação aponta que Maria Laura recebeu remuneração sem efetivamente prestar serviço no cargo de assessora especial na PGE, com anuência do ex-procurador.
Também foi identificado, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que Maria Laura desempenhava uma função relacionada à execução financeira das entregas e recebimentos de dinheiro do esquema criminoso.
O Gaeco apurou que Maria Laura recebeu propina paga à organização criminosa e ocultou a origem ilícita, por meio da aquisição de patrimônio próprio, no nome dela e de terceiros, como um sítio no município de Santa Terezinha, gado e outros; uma casa na Praia do Amor, no município do Conde, quatro terrenos no loteamento Fazenda Nova, em Santa Terezinha e um veículo tipo caminhoneta.
Ambos foram denunciados por apropriação indevida e desvio de recursos públicos, o que configura crime de peculato.
No dia 30 de abril de 2019, Gilberto Carneiro foi exonerado, a pedido, pelo governador João Azevêdo. Já no 7 de maio, Maria Laura foi exonerada do cargo de assistente de gabinete.
Ex-procurador é acusado desta vez pelos crimes de concussão e ocultação de bens.
Além de Gilberto Carneiro, um motorista, Geo Luiz de Souza Fontes, foi denunciado.
De acordo com a denúncia, em 2010, Gilberto Carneiro da Gama, com a participação de Geo Luiz de Souza Fontes, ocultou e dissimulou a natureza, origem, localização e a disposição de um veículo GM S10. O veículo foi adquirido por um empresário, a pedido do ex-procurador-geral, para ser usado na campanha eleitoral de 2010.
O veículo foi obtido, segundo o empresário, após Gilberto Carneiro ter exigido vantagem indevida ao proprietário de uma empresa quando ainda era procurador-geral de João Pessoa.
Posteriormente, o proprietário da empresa procurou Carneiro ao longo dos últimos oito anos, para reaver o veículo, mas o ex-procurador-geral do Estado não efetivou a devolução, enquanto ele e Geo Luiz de Souza Fontes teriam usufruído do bem.
Colaboração desencadeou uma denúncia protocolada pelo Ministério Público da Paraíba no dia 4 de setembro contra nove pessoas acusadas de integrar um grupo que teria causado um prejuízo de R$ 49 milhões à Prefeitura da capital paraibana.
A Justiça aceitou, no dia 11 de setembro, a denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra nove pessoas no processo que investiga o desvio de recursos públicos, sob o pretexto da contratação de um serviço de recuperação de créditos tributários, através de uma empresa de consultoria na Prefeitura de João Pessoa, entre 2009 e 2011.
Entre os presos na quinta fase estavam o então secretário executivo de turismo, Ivan Burity, e o diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape (HGM), Eduardo Simões Coutinho.
O terceiro mandado de prisão foi cumprido em Alagoas.
O então secretário de Educação, Aléssio Trindade de Barros, e o ex-executivo da pasta José Arthur Viana Teixeira de Araújo, foram alvos de mandados de busca e apreensão.
A organização social Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (Ipcep) foi um dos alvos da quinta fase.
Foram cumpridos mandados em endereços ligados ao ex-secretário executivo de turismo Ivan Burity e à advogada Luciana Ramos Neiva.
Os hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, e Hospital Geral de Mamanguape, ambos administrados pelo Ipcep também foram alvo da sexta fase.
No mesmo dia da sexta fase, o desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba, divulgou uma decisão com base em pedidos de medidas cautelares de investigados feito pelo MP.
A citação da parlamentar feita pelo desembargador consta no item da sentença que explica a competência da corte para julgar o pedido feito pelo MP por ter pessoas com prerrogativa de função.
Policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão no Palácio da Redenção, durante Operação Calvário, em João Pessoa
O governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), e o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), se tornaram alvos, no dia 17 de dezembro de 2019, na sétima fase na Operação Calvário, da Polícia Federal, de combate a organização criminosa suspeita de desvio de R$134,2 milhões de serviços de saúde e educação.
Um mandado de prisão foi expedido contra o ex-governador. Em relação ao atual governador, houve somente mandados de busca e apreensão, determinados para o palácio de governo e para a residência oficial. Também foram expedidos mandados de prisão contra a deputada estadual Estela Bezerra (PSB) e a prefeita do município paraibano de Conde, Márcia Lucena (PSB). Ao todo, a “Operação Calvário – Juízo Final” expediu 17 mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão.
Conforme MPPB, ex-secretária de administração Livânia Farias teria recebido, por mês, propina na ordem de R$ 80 mil paga pela Cruz Vermelha.
Livânia Farias permaneceu a maior parte do tempo calada durante audiência de custódia em João Pessoa
A Operação Calvário foi desencadeada em dezembro de 2018 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais. A operação teve oito fases, resultado na prisão de servidores e ex-servidores de alto escalão na estruturado governo da Paraíba.
A ex-secretária de administração do Estado da Paraíba foi presa suspeita de receber propina paga pela Cruz Vermelha, que administrava o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Entenda como começou e em que fase está a operação. A ex-secretária Livânia Farias teria recebido, por mês, propina na ordem de R$ 80 mil paga pela Cruz Vermelha.
O secretário executivo de Turismo, Ivan Burity, foi preso na quinta fase da operação, apontado como recebedor de propinas, em delação premiada feita pelo ex-assessor da secretaria de administração do estado, Leandro Nunes Azevêdo. A influência dele ocorreria tanto em contratos da saúde, quanto da educação, com destaque para esta última.
Aléssio Trindade, secretário de Educação do estado, foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Além dele, o ex-executivo da pasta, José Arthur Viana Teixeira de Araújo também foi alvo da operação. De acordo com o Ministério Público, a investigação sobre eles ocorre por causa das suspeitas sobre inexigibilidade de licitações nos contratos suspeitos. O procedimento teria sido a porta de entrada para as irregularidades
O que a operação investiga
A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.
A estimativa, no entanto, é inferior ao valor real do dano causado ao patrimônio público, já que só foram computadas as despesas da CVB-RS com uma pequena parcela de fornecedores que prestam serviços em unidades de saúde do município e do Rio de Janeiro, não alcançando os desvios de recursos públicos decorrentes da atuação da organização criminosa na Paraíba, que vem conseguindo centenas de milhões de reais desde o ano de 2011.
Prisão aconteceu na orla de João Pessoa, durante Operação Calvário, do MPPB, na 1ª fase
Deflagrada a primeira fase
Segunda fase
Detalhes sobre a entrega da caixa
Conversas que o MP tiveram acesso mostram debate sobre segundo turno das eleições na Paraíba
Casa em Sousa, no Sertão da Paraíba, que teria sido comprada por Livânia Farias por R$ 400 mil
Livânia Farias teria comprado casa com ‘propina’ da Cruz Vermelha
Quantias envolvidas
Um dos mandados de busca e apreensão é cumprido pelo Gaeco no bairro do Costa e Silva, em João Pessoa
Livânia Farias, ex-secretária de administração do Estado, é alvo da 3ª fase
Alvos dos mandados têm ligação com Livânia Farias
Livânia Farias é presa é João Pessoa, neste sábado
Secretária de Administração, Livânia Farias, é presa
Livânia Farias se torna ré
O que diz a defesa de Livânia Farias
Ex-procurador-geral da Paraíba e ex-servidora da PGE viram réus
Ex-procurador-geral da Paraíba é denunciado pela 2ª vez
Delação da ex-secretária Livânia Farias revela suposto esquema de propina
Livânia se torna ré novamente
Quinta fase da operação
Sexta fase e deputada citada
Policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão no Palácio da Redenção, durante Operação Calvário, em João Pessoa
Sétima fase tem governador e ex-governador como alvos
O governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), e o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), se tornaram alvos, no dia 17 de dezembro de 2019, na sétima fase na Operação Calvário, da Polícia Federal, de combate a organização criminosa suspeita de desvio de R$134,2 milhões de serviços de saúde e educação.
Um mandado de prisão foi expedido contra o ex-governador. Em relação ao atual governador, houve somente mandados de busca e apreensão, determinados para o palácio de governo e para a residência oficial. Também foram expedidos mandados de prisão contra a deputada estadual Estela Bezerra (PSB) e a prefeita do município paraibano de Conde, Márcia Lucena (PSB). Ao todo, a “Operação Calvário – Juízo Final” expediu 17 mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão.
O ex-governador Ricardo Coutinho foi preso no fim da noite do dia 19 de dezembro e teve a prisão preventiva mantida no dia 20 de dezembro após audiência de custódia. Ele foi encaminhado para a Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, no bairro de Mangabeira, na capital paraibana, onde também foram os demais presos na sétima fase da Operação Calvário com prerrogativa de prisão especial.
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