Tiffany Luiza Macedo de Menezes, de 29 anos, estava acompanhando o avô, internado no Hospital Federal Cardoso Fontes.
Uma mulher trans prestou queixa na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) por transfobia dentro do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Tiffany Luiza Macedo de Menezes, de 29 anos, afirma que o episódio aconteceu após usar o banheiro feminino.
Ela estava acompanhando o avô, que ficou internado na unidade, e ao sair do banheiro foi abordada por uma enfermeira, que perguntou: “O que você é?”, conforme Tiffany conta.
Tiffany ainda andou pelo corredor com a enfermeira, que continuou com questionamentos invasivos sobre gênero e a levou para uma sala separada.
Lá, a enfermeira disse que meninas se incomodam com meninos no banheiro, e vice-versa, e ainda a questionou “qual lei garantiria que ela pudesse usar o feminino”. Ela chega a dizer que pacientes estariam incomodados com a situação.
“É isso que eu quero, dar essa resposta para a pessoa. Dizer: ‘Olha, ela tem o direito de usar o banheiro feminino. Porque dizem que você entrou porque eu deixei”, diz a mulher.
Tiffany diz que é possível ser reconhecida como uma mulher, mas a enfermeira responde que “Não, não, infelizmente não”.
Pouco depois, Tiffany responde: “Então você tem que questionar a assistente social do hospital para tirar essa dúvida, porque eu sou uma mulher trans retificada, com documento. Você me vê com o cabelo grande, uma roupa feminina, e quer me obrigar a usar o banheiro masculino?”.
“Eu tenho direito sim de usar o banheiro feminino, como todas as outras mulheres”, completa.
O Grupo pela Vidda tem prestado apoio a Tiffany e pretende sugerir que o hospital faça palestras para conscientizar os funcionários.
O que dizem as autoridades O caso foi registrado como preconceito por raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A Polícia Civil informou que “a autora será intimada e testemunhas serão ouvidas” e que o circuito de imagens de segurança será solicitado.
Em nota, a direção do Hospital Federal Cardoso Fontes afirmou que “não compactua com qualquer tipo de discriminação e que, em momento algum, foi notificada sobre o ocorrido”.
“O caso será encaminhado para a Comissão de Ética de Enfermagem da unidade, supervisionada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro , para esclarecimento dos fatos”, acrescentou a unidade.
Já o Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no RJ, responsável pela gestão dos hospitais federais, também disse “repudiar” o ocorrido.
“O departamento vem debatendo sobre equidade e diversidade em saúde desde o início da atual gestão. As reuniões são realizadas sistematicamente com a participação de representantes dos hospitais federais e dos movimentos sociais, com o objetivo de discutir o tema e orientar os profissionais quanto à cultura de respeito pela diversidade e preocupação com o bem-estar da sociedade”, concluiu a pasta.
Tiffany Luiza Macedo de Menezes, de 29 anos, estava acompanhando o avô, internado no Hospital Federal Cardoso Fontes.
Uma mulher trans prestou queixa na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) por transfobia dentro do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Tiffany Luiza Macedo de Menezes, de 29 anos, afirma que o episódio aconteceu após usar o banheiro feminino.
Ela estava acompanhando o avô, que ficou internado na unidade, e ao sair do banheiro foi abordada por uma enfermeira, que perguntou: “O que você é?”, conforme Tiffany conta.
Tiffany ainda andou pelo corredor com a enfermeira, que continuou com questionamentos invasivos sobre gênero e a levou para uma sala separada.
Lá, a enfermeira disse que meninas se incomodam com meninos no banheiro, e vice-versa, e ainda a questionou “qual lei garantiria que ela pudesse usar o feminino”. Ela chega a dizer que pacientes estariam incomodados com a situação.
“É isso que eu quero, dar essa resposta para a pessoa. Dizer: ‘Olha, ela tem o direito de usar o banheiro feminino. Porque dizem que você entrou porque eu deixei”, diz a mulher.
Tiffany diz que é possível ser reconhecida como uma mulher, mas a enfermeira responde que “Não, não, infelizmente não”.
Pouco depois, Tiffany responde: “Então você tem que questionar a assistente social do hospital para tirar essa dúvida, porque eu sou uma mulher trans retificada, com documento. Você me vê com o cabelo grande, uma roupa feminina, e quer me obrigar a usar o banheiro masculino?”.
“Eu tenho direito sim de usar o banheiro feminino, como todas as outras mulheres”, completa.
O Grupo pela Vidda tem prestado apoio a Tiffany e pretende sugerir que o hospital faça palestras para conscientizar os funcionários.
O que dizem as autoridades
O caso foi registrado como preconceito por raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A Polícia Civil informou que “a autora será intimada e testemunhas serão ouvidas” e que o circuito de imagens de segurança será solicitado.
Em nota, a direção do Hospital Federal Cardoso Fontes afirmou que “não compactua com qualquer tipo de discriminação e que, em momento algum, foi notificada sobre o ocorrido”.
“O caso será encaminhado para a Comissão de Ética de Enfermagem da unidade, supervisionada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro , para esclarecimento dos fatos”, acrescentou a unidade.
Já o Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no RJ, responsável pela gestão dos hospitais federais, também disse “repudiar” o ocorrido.
“O departamento vem debatendo sobre equidade e diversidade em saúde desde o início da atual gestão. As reuniões são realizadas sistematicamente com a participação de representantes dos hospitais federais e dos movimentos sociais, com o objetivo de discutir o tema e orientar os profissionais quanto à cultura de respeito pela diversidade e preocupação com o bem-estar da sociedade”, concluiu a pasta.
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