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  • Médico preso em Goiás por suspeita de abusar sexualmente e perseguir a ex já foi detido após acusações semelhantes de outra mulher no Rio

Renato, que teve a prisão preventiva confirmada em audiência de custódia, está detido na Central de Triagem do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. Em nota, defesa afirmou que a prisão cautelar é descabida e vai recorrer.

O cirurgião plástico Renato Hallak, preso dentro de um hospital em Goiás na última sexta-feira por suspeita de estupro, ameaça e perseguição a uma ex-companheira, já tinha sido detido em 2020 por acusações semelhantes, de outra mulher, também do Rio.

Renato, que teve a prisão preventiva confirmada em audiência de custódia, está detido na Central de Triagem do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia.

O caso foi remetido para o VII Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, os crimes aconteceram no Rio de Janeiro, onde o suspeito morou com a ex-mulher. A investigação foi realizada pela 42ª DP (Recreio), e a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia efetuou a prisão de Renato.

Em nota, o advogado de defesa de Renato Hallak, Rodrigo Castanheira, afirmou que a prisão cautelar em Goiás “é inadequada e totalmente descabida, se baseia tão somente na palavra da vítima em sede policial, onde sequer foi oportunizado ao acusado apresentar sua versão sobre os fatos”. “Desde já estamos trabalhando incessantemente para que essa decisão seja revista”, acrescentou.

Vítima relata abusos
O g1 conversou com a vítima do caso de 2020, que não quis ser identificada na reportagem. Ela disse que foi agredida, abusada sexualmente e ameaçada por ele, depois de ter se recusado a fazer sexo com o então namorado.

Contou ainda que o médico ameaçou a divulgar fotos íntimas dela.

Renato foi preso preventivamente no Hospital Municipal Barata Ribeiro no dia 5 de outubro de 2020, mas foi libertado cinco dias depois. A Justiça, então, determinou o monitoramento eletrônico de Renato.

Segundo a vítima, Renato descobriu onde ela estava morando e passou a circular em frente ao prédio, mesmo com uso de tornozeleira eletrônica e proibido de se aproximar a menos de 250 metros dela. A vítima, que tinha um pager que apitaria caso ele se aproximasse, disse que ele começou a atormentá-la.

Na Justiça do Rio, Renato foi condenado por lesão corporal, injúria e por descumprir medidas protetivas de urgência.

A primeira condenação, no entanto, foi revertida após a decisão de um desembargador, que alegou que nem todas as lesões citadas pela vítima foram comprovadas através de laudo.

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